quarta-feira, 7 de março de 2012

Minhas decepções cinematográficas

Decepcionada, seria a melhor palavra para definir a minha pessoa depois de assistir certos filmes. Costumo gerar uma expectativa enorme em cima de certos filmes, e ultimamente tenho sido desapontada por alguns deles.
Uma dessas decepções foi Reis e Ratos (2012), filme nacional com Selton Mello que conta uma historia paralela de como teria sido a influencia americana no golpe de 1964. O filme entra no genero comédia, mas não consegui rir de outra coisa se não da minha cara por ter ido ao cinema ve-lo. O motivo tem tudo para ser um filme que marcaria a geração por falar de um tema que por incrivel que pareça, ainda dói na ferida do país, mas infelizmente, pecam na falta de historia, um roteiro sem muito o que dizer, vazio e sem graça. Pode até parecer que estou querendo ser "a crítica de cinema", mas não, qualquer um que vá ver este filme e tenha um pouco de noção do que o mesmo poderia ter explorado, concordará comigo. Fiquei até me perguntado se deveria assinar meu atestado de burrice, por não conseguir entender o filme, principalmente por que no momento, estou estudando bastante essa influencia estadosunidense no golpe militar. Só sei que ao fim do filme, vi várias caras serias e alguns fazendo cara de conteudo, fingindo ter entendido tudo e concordado com cada segundo da pelicula.
Mas, como boa brasileira, não canso de me decepcionar, e lá fui eu atras de outro filme de Guerra Fria, só que dessa vez, inglês, O espião de sabia demais(Tinker Taylor Soldier Spy -2012) com Colin Firth e Gary Oldman( que admito, me atrairam mais do que o enredo do filme em si) conta a historia de um agente aposentado da inteligencia britanica que é atraido por um misterio dentro da agencia: descobrir quem seria o agente duplo que estaria estragando as missoes inglesas na URSS. Eu achava que esse filme salvaria minha noite, mas foi sem sucesso. Acredito que preciso rever o filme para entender melhor a ideia por tras de todos os codinomes e mudanças de tempo e lugar, e rever continuamente, ja que na primeira vez em que vi, parei o filme por 5 vezes, para refletir e entender e para quando faltasse 3 minutos para terminar, desentender tudo de uma vez. De 2 horas e 7 minutos de filme, o que consegui captar foi: Benedict Cumberbatch consegue ser outra pessoa se não Sherlock.Porém este consegue ter uma historia melhor do que Reis e Ratos que apela até mesmo para a mediunidade dos agentes russos, para justificar como garantiam informações sigilosas. 'O espião' mostra, a desconfiança dentro das agencias de inteligencia, que durante a guerra fria foi questão seríssima, e isso chega a perdurar nos dias de hoje. Depois de assitir aos filmes, fiquei com a seguinte duvida na minha cabeça: ou não sou mais a mesma pessoa que entendia filmes complexos e desvendava o assassino em 5 minutos, ou a cada dia que passa os filmes conseguem ser mais complexos, a um ponto que só entende quem passa 5 meses olhando pra ele, ou seja: o roteirista.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre filmes de amor adolescente

Quão fundo é o mar? fundo o bastante para se afogar. é brincando com metaforas entre o mar e o amor que Submarine revela um amor adolescente, sendo o oceano um misterio sem fim, não haveria metáfora melhor.Oliver, é um adolescente que se descobre apaixonado por sua colega de turma encrenqueira, Jordana e enquanto tenta conquista-la tem que conviver com a ideia do ex da sua mãe ter voltado para a cidade e ameaçar o casamento monocromático dos seus pais.


É construindo o mundo amoroso e tentando apagar a paixão da mãe por seu antigo caso que Submarine (2010) se revela um belo e carismático filme. Como já havia dito, as metáforas com o mar são muito bem empregadas, sendo constantemente repetida a pergunta: quão fundo é o oceano? O pai de Oliver é um biologo especializado em vida marinha, segundo o menino, conhecedor de tudo da vida aquatica, e que ele julgava como um conhecedor do amor, mas que mal olhava para sua mulher, não por que não gostasse dela, mas porque não sabia lhe dar com a situação tanto quanto sabia cuidar do fundo do mar.
Como o titulo do filme sugere, Oliver está em um submarino, no fundo desse oceano, tentando entender como funciona essa historia de estar apaixonado, enquanto tenta segurar situações dificeis em sua familia, e na familia de sua namorada, Jordana. Procurei este filme para assistir por conta da trilha sonora, que é assinada por Alex Turner, vocalista do ARCTIC MONKEYS, mas a historia do filme foi uma surpresa maravilhosa, que recomendo bastante. Tentei falar o minimo que pude sobre a historia em si, para não estragar à quem queria assistir, mas espero ter despertado a curiosidade sobre o filme. Até mais.

Submarine (2010)- Richard Ayoade
Produção de Ben Stiller e trilha sonora de Alex Turner.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sobre séries

Adoro séries, e adoro livros. Quando esses dois itens se encontram podem ser causa de felicidade extrema, ou desgraça eterna. Resolvi escrever esse post por causa da volta da minha adorada série Sherlock (BBC1). Infelizmente, contamos apenas com três ou quatro episodios por temporada, de uma hora e meia cada, praticamente um filme por semana. Eu li 'Assassinatos na Rua Morgue' (POE, Edgar Allan) que dizem ter sido a inspiração para escrever as historias de Sherlock Holmes. Infelizmente, não li todos os contos de Sir Arthur Conan Doyle, mas os poucos que li me deixaram com muita vontade de ler o resto. Quando vi a série pela primeira vez, achei uma bela adaptação, muito bem escrita, colocando o Watson como médico reformado do Iraque, e Sherlock, sem uma adaptação brusca ou macabra, sendo o querido Sherlock atemporal.
Como falei, essa semana estreou a segunda temporada da série, e não ficou monótona ou sem propósito, como foi - para mim - essa volta de Misfits (que deu uma animada com esse episódio de Hitler).No primeiro episodio da segunda temporada, aparece Irene Adler, mais conhecida como 'The woman', uma dominatrix, que começa um jogo de poder com o governo britanico, usando em seu favor fotos e informações que mudariam toda a Grã-Bretanha e consequentemente, o mundo (sente o drama).
Na série de Conan Doyle, Irene existe, e tem fotos comprometedoras do futuro rei da Escandinávia, e como na série, pretende usa-la caso o rei tente algo contra sua pessoa. Para o Sherlock dos livros, existiram apenas quatro pessoas que o derrotaram, três homens, e uma mulher, Irene Adler, a quem ele chamava apenas de 'a mulher', ou 'the woman' que como ja falei, é o nome de guerra da dominatrix da série.
O autor da série não sente que precisa correr, mas que precisa explicar tudo o que foi dito, o que para mim é muito mais importante, e é por pequenos detalhes que a série prende quem assiste, por informações que soltam no começo e são reutilizadas no final, sem precisar inventar um gancho no meio de tudo para que algo faça sentido. Os nomes dos episodios, brincam com os nomes dos contos de Sherlock, como o primeiro episodio da série, que se chama: A study in Pink, que faz referencia ao A study in Scarlet, historia onde Watson e Holmes se conhecem e começam as aventuras.
A série é uma ótima adaptação dos livros, que não deixam muito a desejar, eu só não sou muito conformada com aquele Moriarty, que ficou paracendo um coringa que toma banho e não faz a barba.Quem tiver paciencia e for fã de series policiais, ou até mesmo fã de Sherlock, não vai se decepcionar, pois esta é uma adaptação muito bem feita e fiel.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pra que serve isso?

Há um ano eu começei a estudar alemão, só para liberar meu ócio produtivo. Comecei do ZERO mesmo, nem o "hallo, wie gehts?" eu sabia que existia.Na minha sala, só tinha uma pessoa que não viajou ou iria viajar para algum pais que falasse alemão: eu. Me senti muito estranha, por que eu estava lá pra aprender um idioma, para acrescentar no curriculo, por prazer, diferente dos outros que estavam lá por necessidade (sério, a quantidade de meninas que estavam lá porque encontraram o gringo dos sonhos e em seis meses iriam morar na Alemanha, não é brincadeira). Diante de tal fato comecei a pensar: pra que serve o alemão na minha vida? Onde vou usar? por que continuar com uma lingua que eu não vejo aonde irei usar num futuro? e não, eu não sou nenhuma afixionada a Alemanha, ou Suiça, ou Austria (cara, eles exitem). Acredite, essas perguntas idiotas vieram parar na minha cabeça.


Mas eu não deveria estar pensando nisso, porque ninguem faz coisas pensando somente no uso imediato. Eu não devo ficar pensando em fazer algum curso e TER que usar ele de alguma forma em algum momento da minha vida, assim, eu pretendo sim, mas não devo desistir de alguma coisa só por que agora não vejo utilizade nela.No meu caso, o alemão vai ser um diferencial. Quantas pessoas por ai, não falam inglês ou francês ( não desmerecendo, até por que eu falo inglês e minha proxima lingua será o francês). Eu não conheço muitas pessoas que conhecem o alemão, alias, muitas acham que é a coisa mais dificil, e te falar a verdade? nem é. Na aula uso muito o ingles em comparação com algumas palavras até por que elas tem a mesma origem, então varias palavras são parecidas. Mas independente desse meu pensamento de motivação, terei que deixar o alemão e começar o francês por questões -adivihem? - profissionais. Ironico, não? Assim que puder, retornarei ao alemão, por que querendo ou não depois de muita reflexão, ele me cativou, eu gostei, e não quero esqueçer nunca.

sábado, 7 de maio de 2011

Tenho alergia a agua do mar.

Todos adoram um clichè. Todo brasileiro samba, todo francês fede, tudo na china é falso, e qualquer que seja o pais africano, toda a população passa fome. Desde quando inventaram essa tolices, na verdade especificando, ESSA TOLICE do clichè? Nem todo brasileiro samba, nem todo frances fede, nem tudo na china é falso, e com toda a certeza não é toda a população africana que passa fome, alias no mundo todo tem gente passando fome, isso não é uma excessão africana, haitiana ou indiana.Quando trabalhei atendendo o publico, tive oportunidade de conhecer varias pessoas de varias partes do mundo, educadas, inteligentes, grossas e estupidas, garanto que os que mais surpreenderam foram os brasileiros. Alguns esperavam que quando chegassem ao Recife, fossem recebidos em um aeroporto clandestino, no meio da caatinga, com gente no meio da pista de pouso esperando passar um calango pra matar e comer, tá ninguem me falou isso com essas palavras, mas o que você entende de frases como "nossa, nunca imaginaria que no Nordeste tivesse uma coisa tão bonita" ou "e não é que esses PARAIBAS tem cultura?" só um adendo: o museu que eu trabalhava fica em Pernambuco.Nesse mesmo museu, existem vários objetos remetentes à Africa, e quando nós falavamos com os adolescentes/ adultos/crianças, a unica conversa que saia era sobre miseria, pobreza e afins, aliás, acredito que poucos ali se quer imaginavam que o Egito fica na Africa.

Falo de cliches pois a pouco tempo vi um video do Cedric Villain, que já conhecia por Mon Chinois ( lindo, vale a pena) e agora vi Clichè, falando da França vista pelos olhos do mundo e todos os cliches colocados sobre ela, alguns alias que a gente pensa que ninguem fala, mas acredite amigo, falam sim. Dentre vários lugares fadados ao cliche, a França deve estar no topo do ranking. Quantas pessoas que você conhece, já visitaram ou gostariam de visitar a França? Quantas dessas já te disseram que os franceses fedem ou que vivem com uma baguete debaixo do braço? Assim, eu sei que alguns fedem, e que outros colocam a baguete debaixo do braço, mas nao passam 24 horas com ela no suvaco fedido, entende?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu e os filmes clássicos

Eu gosto de filmes antigos, tem algo que me atrai, acho que a ingenuidade (no sentido cinematográfico) é um grande contribuinte. Como essa semana vi alguns filmes, resolvi falar sobre isso utilizando de dois dos filmes que vi.

Casablanca (1942), que pra falar a verdade, não achei um "oh! que filme!" e sim bem razoável, não tem nada a ver com o que eu pensava dele, mas não foi por isso que achei razoável, independente do que eu pensava não gostei, existem tantas citações ao filme, que minhas expectativas eram bem maiores, talvez minha noção de revolucionário no cinema esteja bem baixa, ou meu comodismo com a dinâmica do século XXI atrapalhou que eu apreciasse o filme com o devido respeito. Se eu considerar - no meu papel de historiadora - a posição do filme em relação à situação mundial da época, realmente tem seus merecimentos, falar sobre segunda guerra durante a própria e muitas vezes debochar dos alemães, sutil ou abertamente, merece todo o respeito.


Depois liguei a TV e estava passando Sansão e Dalila (1949) quando eu liguei já tinha começado, mas a parte em que cheguei foi a que Sansão derrota o leão com as mãos: C-A-R-A-M-B-A que cena linda!!! Fiquei besta com a qualidade e com a mágica daquilo, foi lindo, foi glamour, foi Hollywood (tá, parei.). A Dalila de Hedy Lamarr foi uma coisa muito natural, ao contrario de Sansão (Vitor Mature), bem estático. Uma das coisas que me cansa a beleza em filme antigo são as atuações, principalmente dos homens. Uma vez vendo o Inside Actors Studio, com o Anthony Hopkins, confirmei o que me irritava tanto, ele imitou dois atores interpretando o mesmo papel (Hamlet), não lembro o nome deles, mas um era mais antigo e o outro mais novo, e ele falava justamente que os atores antigos faziam uma leitura de texto sem pausas, enquanto que os mais novos pausam, respiram refletem a cena, isso pode parecer uma fala de doido (essa reflexão que faço), mas é uma coisa que eu tomei como uma verdade quanto a algumas atuações do século XX, eles querem jogar tudo de uma vez enquanto o rolo de filme não termina, e vejo isso muito mais em homens do que mulheres, talvez até porque elas sofram mais então tem pausas maiores. Enfim, minha opinião.


Acho que minha reflexão maior é quanto a atuação de alguns atores;uma vez um amigo meu tava falando com uma outra amiga sobre criticos, ela disse que quando se formasse gostaria de ser critica de arte e ele soltou um "mas você sabe que pra ser critico tem que saber, conhecer e estudar muita coisa,né?" por isso eu digo, eu não tenho uma bagagem cultural tão grande assim que garanta a minha croncreticidade da critica por isso vou ali assistir E o vento levou pra construir minhas opiniões, Tchau!