quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pra que serve isso?

Há um ano eu começei a estudar alemão, só para liberar meu ócio produtivo. Comecei do ZERO mesmo, nem o "hallo, wie gehts?" eu sabia que existia.Na minha sala, só tinha uma pessoa que não viajou ou iria viajar para algum pais que falasse alemão: eu. Me senti muito estranha, por que eu estava lá pra aprender um idioma, para acrescentar no curriculo, por prazer, diferente dos outros que estavam lá por necessidade (sério, a quantidade de meninas que estavam lá porque encontraram o gringo dos sonhos e em seis meses iriam morar na Alemanha, não é brincadeira). Diante de tal fato comecei a pensar: pra que serve o alemão na minha vida? Onde vou usar? por que continuar com uma lingua que eu não vejo aonde irei usar num futuro? e não, eu não sou nenhuma afixionada a Alemanha, ou Suiça, ou Austria (cara, eles exitem). Acredite, essas perguntas idiotas vieram parar na minha cabeça.


Mas eu não deveria estar pensando nisso, porque ninguem faz coisas pensando somente no uso imediato. Eu não devo ficar pensando em fazer algum curso e TER que usar ele de alguma forma em algum momento da minha vida, assim, eu pretendo sim, mas não devo desistir de alguma coisa só por que agora não vejo utilizade nela.No meu caso, o alemão vai ser um diferencial. Quantas pessoas por ai, não falam inglês ou francês ( não desmerecendo, até por que eu falo inglês e minha proxima lingua será o francês). Eu não conheço muitas pessoas que conhecem o alemão, alias, muitas acham que é a coisa mais dificil, e te falar a verdade? nem é. Na aula uso muito o ingles em comparação com algumas palavras até por que elas tem a mesma origem, então varias palavras são parecidas. Mas independente desse meu pensamento de motivação, terei que deixar o alemão e começar o francês por questões -adivihem? - profissionais. Ironico, não? Assim que puder, retornarei ao alemão, por que querendo ou não depois de muita reflexão, ele me cativou, eu gostei, e não quero esqueçer nunca.

sábado, 7 de maio de 2011

Tenho alergia a agua do mar.

Todos adoram um clichè. Todo brasileiro samba, todo francês fede, tudo na china é falso, e qualquer que seja o pais africano, toda a população passa fome. Desde quando inventaram essa tolices, na verdade especificando, ESSA TOLICE do clichè? Nem todo brasileiro samba, nem todo frances fede, nem tudo na china é falso, e com toda a certeza não é toda a população africana que passa fome, alias no mundo todo tem gente passando fome, isso não é uma excessão africana, haitiana ou indiana.Quando trabalhei atendendo o publico, tive oportunidade de conhecer varias pessoas de varias partes do mundo, educadas, inteligentes, grossas e estupidas, garanto que os que mais surpreenderam foram os brasileiros. Alguns esperavam que quando chegassem ao Recife, fossem recebidos em um aeroporto clandestino, no meio da caatinga, com gente no meio da pista de pouso esperando passar um calango pra matar e comer, tá ninguem me falou isso com essas palavras, mas o que você entende de frases como "nossa, nunca imaginaria que no Nordeste tivesse uma coisa tão bonita" ou "e não é que esses PARAIBAS tem cultura?" só um adendo: o museu que eu trabalhava fica em Pernambuco.Nesse mesmo museu, existem vários objetos remetentes à Africa, e quando nós falavamos com os adolescentes/ adultos/crianças, a unica conversa que saia era sobre miseria, pobreza e afins, aliás, acredito que poucos ali se quer imaginavam que o Egito fica na Africa.

Falo de cliches pois a pouco tempo vi um video do Cedric Villain, que já conhecia por Mon Chinois ( lindo, vale a pena) e agora vi Clichè, falando da França vista pelos olhos do mundo e todos os cliches colocados sobre ela, alguns alias que a gente pensa que ninguem fala, mas acredite amigo, falam sim. Dentre vários lugares fadados ao cliche, a França deve estar no topo do ranking. Quantas pessoas que você conhece, já visitaram ou gostariam de visitar a França? Quantas dessas já te disseram que os franceses fedem ou que vivem com uma baguete debaixo do braço? Assim, eu sei que alguns fedem, e que outros colocam a baguete debaixo do braço, mas nao passam 24 horas com ela no suvaco fedido, entende?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu e os filmes clássicos

Eu gosto de filmes antigos, tem algo que me atrai, acho que a ingenuidade (no sentido cinematográfico) é um grande contribuinte. Como essa semana vi alguns filmes, resolvi falar sobre isso utilizando de dois dos filmes que vi.

Casablanca (1942), que pra falar a verdade, não achei um "oh! que filme!" e sim bem razoável, não tem nada a ver com o que eu pensava dele, mas não foi por isso que achei razoável, independente do que eu pensava não gostei, existem tantas citações ao filme, que minhas expectativas eram bem maiores, talvez minha noção de revolucionário no cinema esteja bem baixa, ou meu comodismo com a dinâmica do século XXI atrapalhou que eu apreciasse o filme com o devido respeito. Se eu considerar - no meu papel de historiadora - a posição do filme em relação à situação mundial da época, realmente tem seus merecimentos, falar sobre segunda guerra durante a própria e muitas vezes debochar dos alemães, sutil ou abertamente, merece todo o respeito.


Depois liguei a TV e estava passando Sansão e Dalila (1949) quando eu liguei já tinha começado, mas a parte em que cheguei foi a que Sansão derrota o leão com as mãos: C-A-R-A-M-B-A que cena linda!!! Fiquei besta com a qualidade e com a mágica daquilo, foi lindo, foi glamour, foi Hollywood (tá, parei.). A Dalila de Hedy Lamarr foi uma coisa muito natural, ao contrario de Sansão (Vitor Mature), bem estático. Uma das coisas que me cansa a beleza em filme antigo são as atuações, principalmente dos homens. Uma vez vendo o Inside Actors Studio, com o Anthony Hopkins, confirmei o que me irritava tanto, ele imitou dois atores interpretando o mesmo papel (Hamlet), não lembro o nome deles, mas um era mais antigo e o outro mais novo, e ele falava justamente que os atores antigos faziam uma leitura de texto sem pausas, enquanto que os mais novos pausam, respiram refletem a cena, isso pode parecer uma fala de doido (essa reflexão que faço), mas é uma coisa que eu tomei como uma verdade quanto a algumas atuações do século XX, eles querem jogar tudo de uma vez enquanto o rolo de filme não termina, e vejo isso muito mais em homens do que mulheres, talvez até porque elas sofram mais então tem pausas maiores. Enfim, minha opinião.


Acho que minha reflexão maior é quanto a atuação de alguns atores;uma vez um amigo meu tava falando com uma outra amiga sobre criticos, ela disse que quando se formasse gostaria de ser critica de arte e ele soltou um "mas você sabe que pra ser critico tem que saber, conhecer e estudar muita coisa,né?" por isso eu digo, eu não tenho uma bagagem cultural tão grande assim que garanta a minha croncreticidade da critica por isso vou ali assistir E o vento levou pra construir minhas opiniões, Tchau!