quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu e os filmes clássicos

Eu gosto de filmes antigos, tem algo que me atrai, acho que a ingenuidade (no sentido cinematográfico) é um grande contribuinte. Como essa semana vi alguns filmes, resolvi falar sobre isso utilizando de dois dos filmes que vi.

Casablanca (1942), que pra falar a verdade, não achei um "oh! que filme!" e sim bem razoável, não tem nada a ver com o que eu pensava dele, mas não foi por isso que achei razoável, independente do que eu pensava não gostei, existem tantas citações ao filme, que minhas expectativas eram bem maiores, talvez minha noção de revolucionário no cinema esteja bem baixa, ou meu comodismo com a dinâmica do século XXI atrapalhou que eu apreciasse o filme com o devido respeito. Se eu considerar - no meu papel de historiadora - a posição do filme em relação à situação mundial da época, realmente tem seus merecimentos, falar sobre segunda guerra durante a própria e muitas vezes debochar dos alemães, sutil ou abertamente, merece todo o respeito.


Depois liguei a TV e estava passando Sansão e Dalila (1949) quando eu liguei já tinha começado, mas a parte em que cheguei foi a que Sansão derrota o leão com as mãos: C-A-R-A-M-B-A que cena linda!!! Fiquei besta com a qualidade e com a mágica daquilo, foi lindo, foi glamour, foi Hollywood (tá, parei.). A Dalila de Hedy Lamarr foi uma coisa muito natural, ao contrario de Sansão (Vitor Mature), bem estático. Uma das coisas que me cansa a beleza em filme antigo são as atuações, principalmente dos homens. Uma vez vendo o Inside Actors Studio, com o Anthony Hopkins, confirmei o que me irritava tanto, ele imitou dois atores interpretando o mesmo papel (Hamlet), não lembro o nome deles, mas um era mais antigo e o outro mais novo, e ele falava justamente que os atores antigos faziam uma leitura de texto sem pausas, enquanto que os mais novos pausam, respiram refletem a cena, isso pode parecer uma fala de doido (essa reflexão que faço), mas é uma coisa que eu tomei como uma verdade quanto a algumas atuações do século XX, eles querem jogar tudo de uma vez enquanto o rolo de filme não termina, e vejo isso muito mais em homens do que mulheres, talvez até porque elas sofram mais então tem pausas maiores. Enfim, minha opinião.


Acho que minha reflexão maior é quanto a atuação de alguns atores;uma vez um amigo meu tava falando com uma outra amiga sobre criticos, ela disse que quando se formasse gostaria de ser critica de arte e ele soltou um "mas você sabe que pra ser critico tem que saber, conhecer e estudar muita coisa,né?" por isso eu digo, eu não tenho uma bagagem cultural tão grande assim que garanta a minha croncreticidade da critica por isso vou ali assistir E o vento levou pra construir minhas opiniões, Tchau!

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